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DOENÇA HEMORROIDÁRIA - PARTE I
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Jornal de Gastroenterologia - CÓLON E RETO


CÓLON E RETO


II - DOENÇA HEMORROIDÁRIA - PARTE I

INTRODUÇÃO

As hemorróidas são, sem dúvida, a afecção proctológica mais comum compartilhada por gastroenterologistas e proctologistas, sendo formada por drenagem insuficiente do plexo hemorroidário interno, situado acima da linha pectínea.

Há muito discute-se sobre a etiopatogenia da doença, relacionando-a com antecedentes genéticos familiares, dieta pobre em fibras e alterações funcionais do esfíncter anal. O consenso atual, no entanto, aponta para dois aspectos básicos:

  • Drenagem ineficaz e insuficiente do plexo hemorroidário interno.
  • Nos indivíduos portadores de hemorróidas, o plexo hemorroidário interno apresenta facilidade de sofrer prolapso.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

A principal queixa do paciente é o sangramento retal vermelho vivo, que é percebido inicialmente no papel higiênico, como laivos de sangue. Paulatinamente, com a progressão da doença e aumento dos mamilos hemorroidários, o sangue é misturado às fezes e, posteriormente sob a forma de gotejamento ou jato no momento da força que a evacuação requer.

O prolapso dos mamilos hemorroidários marca o avanço da doença, podendo gerar alterações inflamatórias do tecido cutâneo perianal e prurido seja pela lesão infecciosa da mucosa exteriorizada seja pela dor anal que torna a higiene local inadequada.

Caracteristicamente, a doença hemorroidária desenvolve-se em crises, na maior parte delas relacionadas com a obstipação intestinal e dieta pobre em fibras, levando ao ressecamento das fezes e piora evidente dos sintomas.

A perda de sangue retal pode ser acentuada, levando os pacientes à anemia, em especial idosos e doentes internados em clínicas psiquiátricas.

DIAGNÓSTICO

Após uma boa anamnese, o médico tem ótimos elementos para chegar ao diagnóstico. O exame proctológico é imperativo, confirmando a hipótese levantada pela anamnese. É dividido em quatro tempos:

  • Inspeção: Realizada sob visão direta com o paciente em decúbito lateral ou genu-peitoral, com e sem manobra de esforço evacuatório, notando-se se há ou não prolapso. Observam-se também possíveis alterações da região perianal que possam ter relação com as hemorróidas.
  • Toque retal: É de suma importância, uma vez que permite identificar lesões do canal anal de origem tumoral, diferenciando-as das hemorróidas.
  • Anuscopia: Geralmente precede a retossigmoidoscopia. Através desse método, pode-se mensurar o tamanho dos mamilos hemorroidários através do grau de preenchimento da luz do aparelho.
  • Retossigmoidoscopia: Pode confirmar a presença da doença hemorroidária e afastar outras lesões situadas até o sigmóide, em especial tumores.


Mamilos hemorroidários vistos
à retossigmoidoscopia.

Deve-se ressaltar que durante o exame de retossigmoidoscopia, é frequente o achado de congestão no canal anal, fato este que deve ser considerado normal, na ausência de sintomas. Quando se somam a este achado, sintomas relacionados à doença hemorroidária, esta associação deve ser valorizada pelo médico. A colonoscopia, por sua vez, pode ser realizada se há suspeita de outras patologias associadas tais como diverticulose intestinal, polipose colônica e mesmo tumores do cólon. Quando há dúvida da origem da hemorragia retal, a colonoscopia deve ser indicada.

CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRÓIDAS

São classificadas em três níveis de acordo com o grau de prolapso:

Grau I: Situadas acima da linha pectínea, não ocorrendo prolapso.

Grau II: Ocorre o prolapso, porém são hemorróidas redutíveis, seja naturalmente após o ato evacuatório seja manualmente pelo paciente.

Grau III: O prolapso é permenente.

COMPLICAÇÕES

Infecções anais e peri-anais já citadas no decorrer deste artigo são frequentes. Fissuras anais podem se desenvolver.

A complicação mais grave é a trombose hemorroidária, que, geralmente ocorre nos graus II e III, quando já ocorreu o prolapso. É um quadro emergencial que se caracteriza por dor anal acentuada, intenso edema local e hipertonia do esfíncter anal interno. Pode levar à necrose e infecção secundária.

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