Prof. Luiz V. Décourt (1911-2007)	Prof. Antonio Barros de Ulhôa Cintra (1907 -1998)	Prof. Jairo Ramos (1900-1972)

 

No Dia do Médico de 2009 a FUGESP homenageia três médicos de São Paulo: três professores, três pilares, três estacas.

O médico atualmente tem que estudar mais do que nunca, dando-se inteiramente ao doente e não descuidando dos conhecimentos novos e cada vez mais modernos. Os exemplos dos médicos agora homenageados, apontam para a necessidade de se manter o médico fiel ao seu ideal, ao doente, que deve examinar, amparar, tratar e ouvir, não se contentando com os dados exclusivamente eletrônicos. A medicina sempre continuará a ser médico-paciente. Cada vez mais se exige do médico, que prossiga sua caminhada, resistindo às pressões econômicas, ainda que sem as retribuições e respeito correspondentes que seriam desejáveis. O espírito médico, verdadeira chama que animava os três homenageados de hoje, não se apagará.

O Prof. Antonio Barros de Ulhôa Cintra ensinava a pensar e a pesquisar. Ligou o laboratório à Clínica. Lançou as bases da FAPESP, foi Secretário da Educação e Reitor da Universidade de São Paulo. Estruturou praticamente todas as especialidades clínicas formando “bons especialistas”, ou seja, aqueles que florescem das bases do conhecimento geral da Clínica Médica. Semeou as bases das faculdades de medicina de Campinas e de Botucatu. Tinha palavra firme e honradez inabalável. Pensava sempre.

O Prof. Luiz V. Décourt foi símbolo da Clínica Médica, da Cardiologia e da Cultura. Fortaleceu a Cardiologia criando, com Euríclides de Jesus Zerbini, a fortaleza chamada INCOR. Ético, culto, cardiologista, pesquisador e fundador do INCOR. Médico exemplar.

O Prof. Jairo Ramos foi fundador, entre tantos outros feitos, da Escola Paulista de Medicina, da qual foi pedra angular. Cardiologista perfeito, clínico completo, professor marcante, tendo formado muitas gerações de médicos de alto padrão. Era severo, bom e justo a um só tempo. Pesquisador notável.