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 As vacinas são poderosas armas a preservar a vida

As vacinas são poderosas armas a preservar a vida.
 
Antonio A. Laudanna

 

É uma guerra ininterrupta a luta da vida contra a doença e a morte.
 
Realmente. Se as guerras matam seres humanos em larga escala, além do que fazem cataclismas de todo gênero, desde terremotos e tsunamis e outros, não perdem em virulência as moléstias epidêmicas e endêmicas que flagelam a humanidade desde sempre.
 
São múltiplos os exemplos, tais como a peste que dizimou grandes áreas populacionais, principalmente na idade média. É causada por uma bactéria denominada Yersinea pestis, denominação do gênero em homenagem a Yersin, que foi cientista. É também chamada peste bubônica porque bubões, que são tumerfações volumosas que se formavam principalmente nas virilhas ou nas axilas, áreas em que se encontram importantes grupos de gânglios, que são sentinelas contra o agente agressor. Muitas vezes tombam no campo de batalha.
 
O tétano, a paralisia infantil, a varíola, a cólera, a difteria,
a febre amarela,o impaludismo.... a tanta gente mataram. O tetânico, consciente, assiste o seu drama: vigorosas contrações musculares até a morte! A difteria é sufocante, localizando-se o seu agente mórbido, denominado Corynebacterium  diphteriae na orofaringe, iniciando-se como uma amidalite com, pouca febre ( amidalite pseudo-membranosa).
 
A paralisia infantil ou poliomielite, causada por vírus, é particularmente maldosa, matando ou aleijando, principalmente crianças. Só foi dominada na década de 50, sendo que em 1955 tivemos importante surto de poliomielite em São Paulo, o mesmo sucedendo nos Estados Unidos e na Europa. Em l952 surgiu a vacina Salk (Edward Jonas Salk – New York City), injetável, que cedeu lugar à vacina Sabin, ministrada por gotas na língua do bebê.
 
Atualmente, os jovens dos centros civilizados estão defendidos de quase todos os males citados. É necessário e suficiente que sejam vacinados na infância, seguindo os esquemas já estabelecidos de vacinação. Logo publicaremos, em nossos boletins FUGESP o esquema oficial judiciosamente adotado no Brasil.

Conhecer um pouco da história da vacinação, além de ser história, é cultura, um toque de medicina e gratidão.
 
Vejamos um pouco:

A propósito da varíola - mundial catástrofe - vem ao caso
Lady Marry Wortly Montagu (Fig. 1), inglesa, nascida em 1689 e falecida em 1762.Era linda mulher. Foi afetada por varíola que marcou seu rosto.  Seu primeiro marido era embaixador na Turquia, onde ela teve a possibilidade de observar algumas práticas que atenuavam a virulência da varíola. Consistiam  em  contaminar a pessoa sã com algum material seroso das vesículas de paciente portador de varíola. E, de fato, se não havia proteção completa, como veio a acontrecedr com a vacina criada por Jenner ( Edward Jenner ), o método de Lady Montagu determinava sim atenuação da varíola. A isso se denominou variolização. Lady Montagu aplicou o método na Inglaterra.

Chegou Jenner que observou o fato de a doença vesicular, semelhante à varíola, que ocorria no úbero das vacas, transmitia-se ao ordenhador e lhe conferia proteção contra a varíola. Essa doença da vaca denomina-se vacina. De tal forma Jenner se convenceu desses dados que vacinou seu próprio filho ( Fig. 2).
 
Outros contribuíram para a criação, metodização e aplicação em massa das eficientes vacinas de hoje. Vale lembrar Louis Pasteur (27/12/1822 -28/9/1822) e a sua vacina contra raiva! A raiva, invariavelmente mortal.
 
E o tétano, a difteria, rubéola que deformante do feto na mulher grávida, coqueluche a já citada poliomielite, entre outros flagelos. O Dr. Sabin esteve em São Paulo, visitando a Faculdade de Medicina, chegamos a ouví-lo.

Nos primeiros anos de meu curso médico, na Fac. de Medicina da USP, conhecemos também ao Fleming, que  trouxe à humanidade a penicilina.

Um pequeno grupo de alunos e alguns docentes o saudaram e ouviram. Do mesmo modo, quando Sabin, o herói contra a poliomielite, esteve na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, pequena plateia o ouviu.
 
Poucos exaltam esses heróis da ciência médica que salvam tantos.

    Fig.1 Lady Montagu (Fonte Google)
 
 
    Fig.2 Edward Jenner (Fonte Google)
 
 
 
 
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