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 Relativo ao Programa Apresentado em 31/07/2006 na Tv Cultura (Obesidade)
RELATIVO AO PROGRAMA APRESENTADO EM 31/07/2006 NA TV CULTURA (OBESIDADE)
 

Prof. AA Laudanna

Dra. Esther Laudanna

Prof. AA Laudanna

Dra. Esther Laudanna

 
 
Obesidade é doença

A obesidade em si mesma pode ser considerada uma doença, comentou o Prof. Laudanna, usando a expressão: a obesidade é doença. A obesidade pode levar a tantos males, independentemente de aspectos estéticos, que acaba por ser ela mesma uma doença. As doenças do coração, a hipertensão arterial, as alterações do colesterol, a predisposição ao diabetes, a sobrecarga das articulações, são exemplos de doenças. O assunto é tão importante que as companhias de seguro é que elaboraram as primeiras tabelas de peso corporal normal. Isto que dizer que o obeso é menos conveniente para as companhias de seguro. A obesidade põe a pessoa em maior risco, inclusive de vida.

Avaliação da obesidade

A obesidade precisa ser avaliada, mensurada, medida. Este cuidado da avaliação bem feita tem importância também para que a pessoa não se julgue gorda, quando eventualmente não o for, valendo do mesmo modo a interpretação inversa ou seja, reconhecer-se obeso, desde que realmente o seja.

Método muito usado para avaliar obesidade é a correlação entre peso e estatura o que dá o chamado índice de massa corpórea, representado pela sigla IMC. Faz-se uma pequena conta:

IMC= peso (kg)/estatura²

Existem valores já definidos:

IMC  
20-25 Normal
25-30  Sobrepeso
>30  Obesidade
>40  Obesidade mórbida 

Também são importantes dados como a circunferência abdominal, pois espessura da parede abdominal, representada por camada gordurosa, guarda relação direta com os riscos para o coração e para as coronárias. Aquilo que popularmente se denomina “curva da prosperidade” no homem, relaciona-se com as doenças das artérias coronárias do coração. Circunferência abdominal, ao nível do umbigo, superior a 94cm no homem, é risco; superior a 80cm é risco na mulher.

Síndrome metabólica

Quando o conjunto de certos sintomas e sinais compõem um quadro de doença, os médicos falam em síndrome, comentou no programa o Prof. Laudanna. A obesidade está relacionada ao que medicamente se denomina síndrome metabólica, representada pelos seguintes males:

•Obesidade ou sobrepeso
•Hipertensão arterial ou tendência à hipertensão.
•Propensão pessoal ou familiar a doenças cardiovasculares
•Alteração dos colesteróis do sangue, com queda do bom colesterol e elevação dos colesteróis prejudiciais. O bom colesterol é denominado HDL.
•Gordura denominada central em relação ao corpo, ou seja, acumulada predominantemente no abdome.
•Tendência à gordura dos órgãos internos, principalmente no fígado.

Obesidade na infância

A obesidade na infância e o engordamento da mulher após o parto foram assuntos comentados pela Dra. Esther Laudanna.

Não se deve favorecer que a criança seja gorda, pois que o número de células do tecido gorduroso aumentará, favorecendo a obesidade para toda a vida. Amamentar a criança é importante. Se a criança usa leites industrializados, comercializados, não acrescentar farinhas nesse leite. Deixar os doces como motivo eventual de alegria e festividade mantendo a criança bem alimentada, adequadamente nutrida, de tal forma que pouco espaço sobre para os doces. Que as balas sejam afastadas e que as guloseimas não venham a substituir a alimentação sadia. Atividade física, o não sedentarismo, são outros aspectos que a boa criação cuidará durante o desenvolvimento da criança. São fases críticas o primeiro ano de vida, o segundo “estirão” por volta dos 7 anos e a puberdade ao redor dos 13-15 anos.

Engordar após o parto

Este assunto tem sido preocupação das mulheres, como comentou a Dra. Esther. A primeira medida é de amamentar o nenê, o que, dando saúde à criança, não engorda a mãe. Manter-se bem hidratada, o que favorece a formação do próprio leite. No mais alimentar-se diversificadamente, sem excessos ou faltas, evitando o açúcar sempre que possível, bem como as frituras. Por vezes tem-se uma idéia de quanto se gasta de gordura numa casa, pela quantidade de latas de óleo que se consome. Há famílias que se excedem no uso de óleos, gorduras, açúcares e doces.


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