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Revista de Gastroenterologia da Fugesp - ESOMEPRAZOL
Jul/Ago-2001

HALITOSE (mau hálito)

Dr. Antonio A. Laudanna

A halitose é assunto importante para a clínica gastroenterológica.

É freqüente que o paciente procure o gastroenterologista por mau hálito, declarando a queixa ao médico ou, por vergonha até do médico, ocultando-a por trás de outras apresentações, tais como: "sofro do fígado", " tenho mau gosto na boca", "tenho colite" e assim por diante.

Outras vezes chega mais esclarecido e determinado: "Tenho mau hálito".

Comumente, moços e moças, gente jovem, como é natural, consideram-se diante de um problema que acreditam ser insolúvel para a medicina. São pessoas atormentadas, torturadas, escravas do chiclete, inseguras na vida social e afetiva.

Se nos moços a queixa é mais freqüente, na verdade essa condição mórbida existe em todas as idades.

O médico deve proceder como em qualquer queixa clínica, procurando as causas através do exame geral, da história clínica, exame físico completo, inclusive avaliando o psiquismo também.

Classificamos abaixo as halitoses, deixando ressalvado que todas as classificações são muito suscetíveis a falhas.

CAUSAS DA HALITOSE

  1. Causas situadas na boca
  • dentes, próteses e gengivites
  • língua saburrosa e estomatites
  • amigdalites e faringites
  1. Causas situadas nas proximidades da boca e que se exalam por ela
  • rinites
  • rinofaringites e amigdalites
  • sinusites
  • hábitos alimentares e fumo
  • patologias bronco-pulmonares
  • patologias esôfago-gástricas
  1. Causas sistêmicas
  • hálitos especiais: hálito hepático, hálito cetônico, hálito urêmico
  • transtornos ansiosos e depressões

COMENTÁRIOS GERAIS E TRATAMENTO

CAUSAS SITUADAS NA BOCA: habitualmente será necessária a colaboração decisiva do dentista.

É importante saber que:

  • Existem espaços (microespaços) entre a gengiva e próteses, quer isoladas ou em bloco, que são a sede da digestão salivar, proliferação bacteriana, desprendimento de gases e mau odor.
  • Nas gengivas, em tais microespaços, existem bactérias, inclusive do tipo anaeróbias. A passagem da fita dental e a possibilidade do uso regular dessa fita são de vital importância no tratamento.
  • As pontes fixas costumam ser desastre! A atuação do médico e a ação do dentista solucionam o problema.
  • As gengivites, estomatites, língua saburrosa e língua geográfica devem ser avaliadas corretamente. Não se deve escovar a língua. As amigdalites e faringites serão devidamente tratadas.

CAUSAS SITUADAS NAS PROXIMIDADES DA BOCA E QUE SE EXALAM POR ELA: rinites, rinofaringites e amigdalites, agudas ou crônicas, alérgicas, infecciosas ou mistas, são tratadas, de regra, em colaboração com otorrinolaringologista e eventualmente com o alergista.

É importante saber que:

  • O uso permanente de vasoconstritores aplicados à mucosa nasal causam irritação por si mesmos e mantêm rinite incurável.
  • As misturas de antibióticos com corticóides (de preferência de baixa absorção), misturas essas em solução salina, quando usadas temporariamente, sob supervisão médica, são de grande proveito.
  • O paciente que fala anasalado, ou com desvio do septo nasal, é diagnosticado no primeiro contato com o médico.
  • A pessoa deve perceber o interesse do médico pelo seu caso, interesse, investigação e meditação, não devendo o médico considerar a queixa como banal, pois para o paciente é por demais importante.
  • Bronquites crônicas, bronquiectasias e doenças bronco-pulmonares podem influir no hálito.
  • Causas esôfago-gástricas, excluídas entre as outras, devem ser consideradas.
  • O tabagismo, sempre inconveniente, sobretudo se intenso, interfere negativamente no hálito. É curioso que muitos pacientes erroneamente até fumem mais, pensando que desse modo disfarçam a halitose.
  • O uso de alho e cebola deve ser levado em conta pelo médico e pelo paciente no contexto das causas, avaliando o exagero do uso. Estes aspectos alimentares alargam-se para outros alimentos, devendo o médico ficar atento, não induzindo idéias inexistentes e não descurando as causas alimentares eventualmente presentes.

CAUSAS SISTÊMICAS, HÁLITOS ESPECIAIS

  • hálito cetônico, que aponta a cetose diabética e sua gravidade, não sendo propriamente um mau hálito; é comparado ao odor de frutas e maçã.
  • Hálito hepático, que só a prática ensina a reconhecer: é mau hálito, denunciando grave insuficiência hepática.
  • Hálito urêmico, comparado ao odor da própria urina, que aponta uremia grave.
  • Transtornos ansiosos e depressões podem ser a causa de queixa de halitose.

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