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EDITORIAL
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CURSO 99 - TEMA 2
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Revista de Nutrição e Saúde - DESNUTRIÇÃO
Mar/Abril-1999

DESNUTRIÇÃO DO IDOSO

O envelhecimento fisiológico começa no final do período de crescimento. As mudanças ocorrem lentamente e são influenciadas pela herança genética, enfermidades, nível sócio-econômico e acesso a cuidados médicos.

A longevidade constatada no mundo desenvolvido do pós-guerra é associada, quanto aos cuidados médicos, essencialmente ao tripé: antibióticos, corticóides e vacinas.

Os antibióticos, porque encurtam o tempo de exposição do sistema imunológico e dos órgãos afetados ao desgaste oxidativo das infecções.

Os corticóides porque controlam o processo inflamatório que corrói o órgão afetado de forma crônica.

As vacinas porque evitam a instalação das infecções.

Acredita-se atualmente que o metabolismo inerente aos processos orgânicos, produzindo energia através da oxidação, libere como excedente das reações os denominados radicais livres, objeto de muitas pesquisas atuais. Existem evidências de que as vitaminas do complexo B, vit. C., vit. E., betacaroteno, magnésio, zinco, selênio, manganês e cromo, minimizariam os efeitos dos radicais livres.

As mudanças degenerativas que acompanham o envelhecimento não são totalmente esclarecidas mas, dentre os múltiplos fatores envolvidos, a nutrição corretamente balanceada quanto aos aspectos calóricos e dietéticos tem influência comprovada na qualidade de vida e longevidade. Dentre as principais causas que levam o idoso à perda de peso e à desnutrição, estão as seguintes alterações:

diminuição das secreções; redução da capacidade funcional (não esquecer as falhas dentárias); perda da sensibilidade gustativa; diminuição da motilidade intestinal; menor resposta imunológica;

as enfermidades crônicas, tais como doenças cardiovasculares, reumatismo, diabete, cérebro degenerativas e neoplasias;

padrão sócio-econômico que determina o acesso à cuidados médicos e a própria alimentação.

Estima-se em censo de 1989 feito pela Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (PNSN) que 37,7% dos idosos brasileiros têm baixo peso, sendo 20,7% de homens e 17% de mulheres.

As necessidades nutricionais do idoso devem ser calculadas individualmente, levando-se em conta o estado geral, atividade física, doenças e hábitos alimentares. Geralmente as necessidades energéticas são consideradas mais baixas após os 55 anos para ambos os sexos.

A ingestão de carboidratos continua ao redor de 60% das calorias totais.

As proteínas também devem ser mantidas entre (8 e 15)% das calorias.

As gorduras saturadas devem preencher 25% do valor calórico, completando-se o cálculo das gorduras com (8 a 10)% de ácidos poli-insaturados, sendo, (1 a 2)% de ácidos graxos essenciais.

As necessidades de micronutrientes (cálcio, ferro, zinco, vitaminas), também não estão alteradas.

Se o balanço energético não sofre mudança significativa entre o adulto e o idoso, por que um indivíduo bem nutrido se transforma num idoso desnutrido?

Bem, talvez não fosse tão bem nutrido assim, e o déficit nutricional agravou-se ao longo dos anos, ou as necessidades energéticas aumentaram às custas de doenças e não foram repostas, ou ainda os nutrientes habitualmente ingeridos não estão sendo bem absorvidos (maiores perdas promovidas pela digestão dificultada por diminuição das secreções, presença de medicamentos no tubo digestivo, mastigação irregular).

Pode ser também que apesar dos alimentos estarem sendo ofertados, o são de modo inadequado, pedaços grandes, sabores pouco convidativos, isolamento social às refeições, etc.

A velhice em si mesma, comandada pela programação genética, leva à desnutrição, à perda óssea, à perda de massa muscular, inapetência, chegando mesmo à anorexia senil.

Assim é que, na velhice, freqüentemente encontramos as hipoavitaminoses, com destaque para os déficits de vitamina D com conseqüente osteopenia e osteoporose, agravadas pela falta de movimentação e de exposição ao sol.

Faz parte também da velhice a diminuição da motilidade intestinal, promovendo fezes mais secas e empactadas, difíceis de serem expelidas e que, por causa desta dificuldade favorecem a formação de fecalomas. Problema este contornado ou mesmo resolvido pelo acréscimo de fibras na dieta, que por serem hidrófilas aumentam o bolo fecal facilitando o peristaltismo e impedindo a empactação.

A nutrição moderna combate a velhice e prolonga a vida.
Tem tido grandes vitórias.

Responda às perguntas

1. A partir de que idade, de modo geral, considera-se uma pessoa como idosa?

2. Quais os fatores localizados na boca e nas secreções que favorecem a desnutrição do idoso?

3. Qual o papel das fibras na dieta do idoso?

 

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