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 Doença relacionada a crimes

DOENÇA RELACIONADA A CRIMES

Antonio A. Laudanna

 
As drogas ilícitas e o álcool relacionam-se a diversos aspectos do crime. É que as drogas ilícitas, tais como a maconha, a cocaína, o “crack”, as anfetaminas, o ecstasy e outras “novas” drogas sintéticas, podem provocar e provocam: depressão, danos neurológicos, violência, suicídio, desintegração da personalidade, eclosão de doenças mentais e tantos outros males.
 
As drogas ilícitas são a praga do século XXI.
 
Quem está na linha de frente desta guerra do século, não menos catastrófica do que a la. Guerra mundial do século  XX, que em 2014 fará seu centenário?  E  a 2ª. Guerra mundial de 1939 a 1945!

Quem está na linha de frente?

Os moços, os jovens os adolescentes !

E por que este tema na página Saúde e Doença da FUGESP?
 
Porque o paciente dependente de drogas  ou do álcool, ou dos dois,  como é mais comum, é um doente. Há aqueles que “ficam” na droga, arruinados, e aqueles que “escapam”, sendo estes últimos os jovens que passam  pela droga, correram risco, mas escapam. Aqueles que “ficam” nesse inferno, no qual não apenas morrem como favorecem violência e crime podem, não todos, ter predisposição genética a alterações do comportamento e  psicoses, às quais não chegariam necessariamente, não fosse o abismo em que foram precipitados.

Além das bem conhecidas drogas, como a maconha, a cocaína, a heroína, as anfetaminas e meta-anfetaminas, os crack e o ecstasy ,surgem “novas” sereias  a  encantar os pobres adolescentes e moços, tragando-os para o inferno.
 
São as chamadas drogas sintéticas, obviamente produzidas por criminosos.
 
Em artigo do Estado de São Paulo de 04 de março de 2013, o Dr. Carlos Alberto Di Franco, mestre do que talvez pudéssemos denominar de jornalismo científico, em comentário-lição denominado “ A devastação das drogas sintéticas” apresenta-nos muito bem as  “atuais” armas químicas que apontam para os jovens: “ a cápsula do vento”, derivado anfetamínico  de terríveis efeitos e que causa alucinações; o ecstasy; ketamina ou cetamina ou “special” K  , relacionada ao ácido lisérgico(LSD), como relata o Prof. Di Franco;  o GHB  e certamente outras, já na “devastação” ou que podem surgir, manipuladas subjacentemente e super-criminosamente.
 
A “contaminação” dessas doenças , cuja causa são as drogas ilícitas e o álcool, faz -se de modo sutilmente pérfido. Comparamo-la, linhas acima, ao canto  das sereias, como as sereias das mitologia que, pelo magnetismo de seu canto, atraiam navegantes para os perigos do mar. Realmente, os efeitos primeiros de tais drogas são de grande prazer, êxtase, languidez sublime. É uma sublimação de euforia e prazer. Os mercadores e traficantes e toda a corja que os cerca, fisgando os jovens com tal venenoso anzol, são criminosos sem tamanho.

Crime hediondo!

A vida do médico tem larga penetração social, de regra, no murmurar das consultas e nas confissões de segredos ( Segredo Médico). Assim é que pude ouvir, através de jovens de ambos os sexos , que no Brasil, no meio pré-universitário e universitário, estimam eles que de 30 a 50% dos jovens experimentam  a droga, repartindo-se entre os que ficam e os que escapam. E mais, chegam a pensar que seja normal experimentara-las.
 
A configuração médica do dependente como doente , joguete no campo da criminalidade, das doenças mentais , da depressão e suicídio, já está bem estabelecida. Registre-se que não há nada de inocente com a maconha que, entre outros danos, favorece a depressão. Excitabilidade exacerbada, , desintegração da personalidade, depressão ou violência são sintomas dessas doenças.
 
É preciso agir em favor dos jovens e da humanidade.

O assunto é multidisciplinar, passando pela escola, pela família, pelos problemas da adolescência e a imitação de seu modelo, talvez um arruinado, tudo sob a égide da Justiça e do Estado, é também, e muito, médico e médico-legal. Os que propagam e disseminam o mal me parecem inimigos da humanidade.

Os jovens e adolescentes têm uma natural resistência à necessária advertência sobre o assunto, um pouco porque seguem à frente da humanidade, um pouco, não tão pouco, porque seguem o exemplo de mais jovens mais velhos, seus paradigmas.

O tratamento médico de cada paciente, através de internações e ouros meios, faz tudo o que pode. Em São Paulo, merecem destaque os núcleos do Hospital das Clínicas da Universidade de S.Paulo. Pesquisas no campo, essencialmente internacionais, prosseguem, inclusive com perspectivas, promissoras, da possibilidade de vacinas contra determinadas drogas. Já existem a respeito estudos experimentais e preliminares com o homem.

A Ciência Médica não para.

Em termos de aplicação em larga escala, no sentido de prevenção social, vista pelo ângulo médico educacional, o que mais se poderia fazer?

Em alguma oportunidade em minha vida universitária, pareceu-me certo prognosticar que “Só os Jovens Vencerão a Droga”. Penso que é preciso ensiná-los, como   se faz com as demais matérias do primeiro e seguindo ciclos e, não menos, em nível universitário.
 
Não há ensino sem cobrança de conhecimentos, através de notas e se necessário reprovações. Nas disciplinas  de “ciências” dos cursos preliminares, na Química, na Biologia e em outras disciplinas, certamente haverá lugar para esse ensino e cobrança. Parece-me que pouco se tem feito, ainda, nesse sentido.

Almejamos lançar na FUGESP, acurada análise científica e aprovação da Curadoria da FUGESP, lançarmo-nos na campanha

                        SÓ OS JOVENS VENCERÃO A DROGA. 
  
  

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